Mas afinal, precisa ter o Dia da Mulher?
Sim, já tive diversas pessoas que ainda questionam o motivo deste dia. E não são somente homens, mulheres também.
O Dia Internacional da Mulher é uma data comemorativa mundial que é celebrada no dia 8 de março de cada ano. A data foi estabelecida para homenagear as mulheres e suas lutas históricas por direitos sociais, políticos e econômicos.
A necessidade de ter um dia específico para celebrar e reconhecer as conquistas das mulheres na sociedade se deve ao fato de que, ao longo da história, foram sistematicamente excluídas e marginalizadas em várias áreas da vida. Isso inclui o acesso a direitos básicos, como ao voto, ao trabalho remunerado, à educação e à saúde, bem como a igualdade de oportunidades e de tratamento.
Além disso, a data serve para sensibilizar a sociedade em geral sobre as desigualdades de gênero que ainda persistem em nossa sociedade e para promover a igualdade de direitos e oportunidades para as mulheres. É uma oportunidade para lembrar e valorizar a contribuição das mulheres em diversos campos da vida, como na ciência, política, cultura, arte, esportes e em muitas outras áreas.
Para eu estar aqui, alguma mulher em algum momento da história lutou para que pudéssemos estudar. Se você está lendo este post, também deve ser grata a esta mulher.
De acordo com artigo [A história da educação feminina, Multirio]. A história da educação feminina se inicia na época em que Brasil foi Colônia de Portugal. Com as leis portuguesas, o sexo feminino fazia parte do imbecilitus sexus, ou sexo imbecil, uma categoria à qual pertenciam mulheres, crianças e doentes mentais.
A primeira reivindicação pela instrução feminina no Brasil partiu de um indígena, que pediu ao padre Manoel de Nóbrega que ensinasse sua mulher a ler e a escrever. Os indígenas estranhavam a diferença de oportunidades educacionais entre homens e mulheres, visto que estas eram consideradas companheiras.
Essa ideia persistiu no Brasil Colônia, onde também eram comumente declamados versinhos como: “mulher que sabe muito é mulher atrapalhada, para ser mãe de família, saiba pouco ou saiba nada”; "a mulher honrada deve ser sempre calada"; e “mulher que sabe latim não tem marido, nem bom fim” – muitos dos quais encontrados na literatura de escritores portugueses do gênero masculino.
É importante destacar que, embora tenhamos avançado muito em termos de igualdade de gênero nas últimas décadas, ainda há muito a ser feito para garantir que as mulheres tenham acesso a oportunidades e direitos iguais aos dos homens. As mulheres ainda enfrentam desigualdades em relação ao acesso a cargos de liderança, salários mais baixos, violência doméstica e sexual, e outros problemas sociais.
Assim, o Dia Internacional da Mulher serve como um lembrete anual da luta contínua pela igualdade de gênero e da necessidade de se avançar ainda mais nessa área. É uma oportunidade para celebrar as conquistas das mulheres, honrar as lutas passadas e presentes, e trabalhar juntos para criar um futuro mais justo e igualitário para todas as pessoas.
Neste dia eu quero deixar a minha homenagem à todas as mulheres, que continuem em busca dos seus sonhos, direitos, respeito, reconhecimento e acima de tudo batalham por direitos que serão a evolução para um futuro mais igualitária por competência e não por gênero.
“Eu não sou livre enquanto alguma mulher não for, mesmo quando as correntes dela forem muito diferentes das minhas.” Audre Lorde